Nosso.


E foi assim, de repente, que ele chegou. Mexeu em algo quieto, tirou a poeira do lugar e as teias de aranha do meu sorriso. Quando eu já nem esperava mais. Pegou aquilo, que antes estava escondidinho, nas mãos e tratou como se trata um pássaro com asa quebrada. Então comecei a perder a noção de tempo, do que era dia, noite, madrugada, segundas, sextas e domingos. Sem que eu percebesse, me roubou de mim e tomou inteiramente pra si. Não fugi, não rebati, não me defendi, porque mais do que tudo no mundo, era aquilo que eu queria. Não sei se foi pela carência, pelas palavras, pela aproximação, pela barba, pelo passado, pela atenção ou os pequeninos olhos, mas veio. Aos poucos fui ficando e gostando do novo ambiente... E nesse novo viver eu renasci das cinzas, refiz minha alma e meu coração, vi o sol nascer e se pôr, vi a lua chegar só pra me lembrar que: “quando a noite esconde a luz, Deus acende as estrelas”.

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