(Ex)pirando.

Não dá pra sentir isso tudo sozinha, é grande demais pro meu pequeno coração. O que faltou para que tornasse amor? Sei que esforço da minha parte não é a resposta correta. Fiz o que pude, e na maioria das vezes até o que não pude, para estar aqui. Entre trapos de sonhos me arrastei, entre ilusões e lágrimas fiz nosso mundo, pena que você esqueceu-se de trazer o pão pra casa. E agora resta só esse vazio, frio, dolorido, do que um dia foi feliz. Não te sinto como um cais, pois agora meu ser pede segurança, e isso nunca tivemos na verdade. Vivemos sempre à margem do “deixa rolar”, que na maior sinceridade, nunca me agradou. Meus pensamentos são constantes o suficiente para sempre pensar além. E eu fui. Sozinha. Pensei tão além que demorei a perceber que no meio do caminho você tinha desistido de prosseguir comigo. Mas aqueles desejos eram tão reais, tão necessários, que eu me fiz acreditar que os alcançaríamos algum dia. Bobagem. “Ninguém vive de amor”, me disse. Sim, eu precisava daquele choque de realidade, firmar meus pés no chão e então prosseguir minha vida. É claro que fica aquele sentimento de arrependimento por todas as vezes que você sonhou com um domingo no parque... Há quanto tempo tenho remoído aquelas palavras que fizeram meu reino desmoronar? Não sei. O que sei é que cada segundo decorrido é uma contagem regressiva prum final não tão feliz assim... Novas perspectivas, novos olhares, novos sonhos, novos beijos, o mesmo sentimento. “Novos horizontes; se não for isso, o que será?”